A taxa de desemprego no Brasil registrou uma queda significativa, atingindo 7,8% no trimestre encerrado em agosto, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esse é o nível mais baixo desde fevereiro de 2015, quando estava em 7,5%. Essa redução está em linha com as previsões do mercado, que projetava uma taxa de desemprego de 7,8% para o mesmo período, conforme indicado pela mediana das estimativas da Bloomberg.
Comparado ao trimestre anterior (março a maio de 2023), houve uma queda de 0,5 ponto percentual na taxa de desemprego. Em relação ao mesmo período do ano anterior, a redução foi ainda mais significativa, com uma diminuição de 1,1 ponto percentual.
O número total de desempregados foi de 8,4 milhões durante o último trimestre, o menor contingente desde junho de 2015, quando atingiu 8,5 milhões de pessoas. Esse declínio na taxa de desemprego pode ser atribuído principalmente ao aumento no número de pessoas empregadas, conforme explicado por Adriana Beringuy, coordenadora de Pesquisas por Amostra de Domicílio do IBGE. Ela destacou que o crescimento na ocupação contribuiu para a redução da busca por trabalho.
A população ocupada alcançou 99,7 milhões de pessoas, representando um aumento de 1,3% (1,3 milhão de pessoas) em comparação com o trimestre anterior e um aumento de 0,6% (641 mil pessoas) em relação ao mesmo período do ano anterior. Isso resultou em um nível de ocupação estimado em 57% da população em idade de trabalhar.
O levantamento também revelou um aumento no número de empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado, que atingiu 37,24 milhões, representando um aumento de 1,1% em relação ao trimestre anterior e 3,5% em relação ao mesmo período do ano anterior, marcando o maior contingente desde fevereiro de 2015. O número de empregados sem carteira assinada no setor privado cresceu 2,1% no trimestre e permaneceu estável no ano. Por outro lado, o número de trabalhadores por conta própria permaneceu estável em relação ao trimestre anterior e caiu 2,0% em relação ao ano anterior, totalizando 25,4 milhões de pessoas. O número de trabalhadores domésticos cresceu 2,8% em relação ao trimestre anterior e permaneceu estável em comparação com o mesmo período de 2022, totalizando 5,9 milhões.
A taxa de subutilização, que mede a proporção de pessoas que estão desempregadas ou subocupadas, registrou uma queda significativa de 0,5 ponto percentual no trimestre e de 2,9 pontos percentuais em comparação ao ano anterior, atingindo o menor nível desde dezembro de 2015.
A população desalentada, que se refere àquelas pessoas que desistiram de procurar emprego, permaneceu estável em relação ao trimestre anterior e caiu 16,2% em comparação com o ano anterior, totalizando 3,6 milhões de pessoas, o menor contingente desde setembro de 2016.
No que diz respeito aos rendimentos, o rendimento real habitual durante o trimestre encerrado em agosto permaneceu estável em comparação com o trimestre anterior, totalizando R$ 2.947. No entanto, houve um aumento de 4,6% em relação ao ano anterior. A massa de rendimento real habitual atingiu R$ 288,9 bilhões, estabelecendo um recorde na série histórica, com um crescimento de 2,4% em relação ao trimestre anterior e 5,5% em comparação com o ano anterior.