A defesa do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), manifestou ao STF (Supremo Tribunal Federal) nesta semana ter interesse em uma delação premiada.
Para ter validade, ela precisa ser aceita e homologada pelo ministro Alexandre de Moraes após avaliação das novidades e das provas que Cid estaria disposto a oferecer em relação ao que já foi apurado nas investigações.
A proposta ocorre depois de um vaivém do advogado de Cid, Cezar Bittencourt, sobre a disposição do militar de envolver Bolsonaro no escândalo das joias.
Menos de um mês após assumir a defesa do militar, Bittencourt acumulou recuos em versões e chegou a afirmar que a possibilidade de Cid fazer uma delação era "zero".
Em 16 de agosto, em entrevista à GloboNews, o advogado Cezar Bitencourt disse que não sabia detalhes das acusações contra Cid porque havia acabado de assumir a defesa, mas destacou que o militar era um cumpridor de ordens.
"Assessor cumpre ordens do chefe. Assessor militar com muito mais razão. O civil pode até se desviar, mas o militar tem por formação essa obediência hierárquica. Então, alguém mandou, alguém determinou. Ele é só o assessor. Assessor faz o quê? Assessora, cumpre ordens", disse.